PINK FLAMINGOS ⬤ Dasha Birukova (curadoria)

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22-27 setembro 2020
19H

6 sessões de filmes, instalações e performances ocupam a rua das gaivotas 6.

Participantes:
ABCC (Alexandre Camarao e Bernardo Simões Correia), Vasco Araújo, Ricardo Branco, Rudi Brito, Renèe Helèna Browne, Cammisa Buerhaus, Sara Culmann, Alexander David e Joana Lages, fxxxx.me (Anna Ceeh e Iv Toshain) com Franz Pomassl, Will Guthrie, Sid Iandovka e Anya Tsyrlina, Dmitry Kavka, Mike Kuchar, Rachid Laachir, LealVeileby, Tobias Madison, Sam Mountford, Nikolai Nekh, João Onofre, Guto Parente e Uirá Dos Reis, Daniel Pflumm, Pirate TV, Daniel Pizamiglio, Alexandre Simões, Smash TV (Brendan Shields e Ben Craw), Anna Studinovskaya, Ryan Trecartin, André Trindade.

Em 1964, Susan Sontag escreveu em seu “Notes on Camp” que existe uma espécie de sensualidade, “uma certa perversão, mas improvável de se identificar com ela – conhecida como o culto, chamado camp”. Uma espécie de sensualidade que se reflete no amor pelo antinatural, pelo artificial e pelo exagerado, que dá corpo a um triunfo do “estilo” sobre o “conteúdo”, “estética” sobre a “moralidade”, ironia sobre a tragédia. O camp começa a inspirar quando nos apercebemos que a “sinceridade” por si só não é suficiente. Os padrões estéticos do camp manifestam-se na artificialidade e na teatralidade como um ideal. A sensibilidade ao camp só é possível em sociedades de abundância capazes de experimentar a psicopatologia do excesso.

50 anos depois, no essencial nada mudou e o camp continua a existir na arte e na cultura popular; além disso, continua a ser uma espécie de visão do mundo. Num contexto de total domínio do “texto” na cultura, há uma aguda falta de sensualidade visual, e uma redundância associada à pretensão reflete essa nova sensibilidade.

O mau gosto, que por um lado deve ser evitado, mas por outro, é impossível negarmos a nós mesmos o prazer de o amar, agora transformou-se num clichê como modelo estético, e esse clichê tornou-se um produto. O conceito de “gosto” deixou de ser uma categoria significativa, e o mau gosto tornou-se objeto de veneração, um novo objeto estético, baseado na distinção entre alta cultura e mídia de massa. Exemplos de alta cultura foram transformados em cultura popular e tornaram-se variações de imagens clichê. Por exemplo, a música de Wagner se tornou o leitmotiv de Darth Vader, e as reproduções de Kandinsky apareceram nas embalagens da R.O.C.S. escovas de dente. A beleza tornou-se vulgaridade, e a vulgaridade deixou de ser algo cruel devido ao camp. Este é um passo importante para investigar os limites do gosto. O camp transforma itens do cotidiano em objetos de culto, transformando-os em obras de arte. Camp é um culto que usa uma sensibilidade alternativa que agora transmite uma série de mensagens, desde o colapso do sistema capitalista às opressões mundiais de gênero / raça e transgride as idéias convencionais sobre a “naturalidade” de gênero, gosto, raça e sexualidade.

2019 tornou-se um ano de celebração do “camp”: John Waters (pai do camp) receberá o prêmio Pardo d´onore Manor durante a 72ª edição do Festival de Locarno; o Met Museum organizou uma exposição intitulada “Camp: Notes on Fashion” que reexplorou um estilo de excesso; além disso, dedicaram a Met Gala ao camp, criando assim uma espécie de contexto de “metacamp”. Continuaremos esta celebração em Lisboa com um projeto de exposição chamado “Pink Flamingos” que será exibido em 6 sessões no Rua das Gaivotas 6.

* O título da exposição refere-se ao filme “Pink Flamingos” de John Waters, que é um dos principais exemplos do “camp” no cinema.

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